A União Europeia colocou em prática nesta sexta-feira (25) sua nova regulamentação para empresas digitais, o General Data Protections Regulation (GDPR). Com isso, empresas passam a ter que se adequar a certos novos requisitos que dão mais ferramentas para usuários controlarem os dados que disponibilizam a empresas. Quem não se mantiver dentro dos novos padrões poderá passar por sanções. Isso é o que pode acontecer com a Google.
Um ativista austríaco Max Schrems está processando a empresa em US$ 3,7 bilhões por conta da nova regulamentação. Ele é um grande crítico em relação a como empresas, principalmente a Google, pelo Android, coleta dados dos usuários.
O ativista também está movendo uma ação contra o Facebook, em um valor de US$ 3,9 bilhões. Ambas empresas já anunciaram mudanças para se adequarem ao GDPR; contudo, Schrems acredita que não é o bastante. De acordo com o ativista, o mecanismo de imposição continua o mesmo, ou seja, ou o usuário aceita os termos e condições da plataforma ou deixa de usá-la, sem uma forma de negociação de privacidade.
Ele argumenta que parte da nova regulamentação obriga as empresas a dar ferramentas para que usuários não só optem se querem ou não usar a plataforma, mas que também escolham quais políticas de privacidade específicas querem ou não aceitar, sem que o uso do serviço seja impedido por conta disso.
Em nota, a Google disse apenas que está construindo ferramentas para privacidade e segurança, desde o início da criação de seus produtos, e que “está comprometida a se adequar ao GDPR”.