Nesta semana, a Google divulgou o relatório sobre segurança relacionado a dados do Android no ano passado. Na introdução do documento, o chefe de segurança de segurança da empresa, David Kleidermacher, anunciou que o Android ” deu um significativo passo em 2017 e várias de nossas proteções agora lideram a indústria”.
A loja de apps é reconhecida por ser mais permissiva a desenvolvedores, o que, até então, significava também menos exigência em termos de segurança. Contudo, Kleidermacher afirma que isso mudou. Em entrevista para o CNET, ele diz que agora o Android está páreo em segurança com o iOS, da Apple. Kleidermacher diz, sem citar nomes, que “o Android é tão seguro quanto a concorrência”.
Atualmente, uma das grandes diferenças entre o iOs e o Android é a forma como as empresas precisam fazer o update do sistema. Enquanto o sistema da Apple já manda atualizações de softwares e segurança diretamente para o aparelho do usuário, a Google precisa enviar estes mesmos dados para a companhias que produzem os aparelhos, as quais, por sua vez, entregam os updates personalizados à sua maneira.
Já quanto às lojas de apps, diferentemente do iOS, a solução para o Android foi utilizar inteligência artificial que consegue detectar aplicativos nocivos com o Google Play Protect, que escaneia os aparelhos diariamente. Com isso, a Google revisou 50 bilhões de aplicativos na loja em 2017, dos quais automaticamente 39 milhões foram removidos da Google Play.
Agora, o principal desafio para o Android são os usuários que utilizam lojas terceirizadas, muito comum em países nos quais a legislação proíbe a distribuição de alguns aplicativos. Segundo o relatório, a instalação de outras lojas em celulares Android aumenta o risco em 9 vezes de instalação de aplicativos potencialmente perigosos.