Somente no ano passado, a Google removeu 700 mil aplicativos da Google Play, a loja de apps do Android. O número é 70% maior do que a remoção de apps maliciosos ou inapropriados que aconteceu no ano anterior. Os dados foram fornecidos pela própria gigante em uma publicação no blog oficial de desenvolvedores.
Segundo a Statista, estima-se que o número total de apps disponíveis na Google Play em 2016 foi de 2,6 milhões, subindo para 3,5 milhões em dezembro de 2017, com um crescimento de 35%. Com base nesses dados, podemos concluir que a quantidade de apps removidos em 2017 foi praticamente a mesma quantidade de novos apps adicionados à plataforma, e a Google garante que 99% dos apps que violaram as políticas da Play Store em 2017 foram removidos antes que qualquer pessoa pudesse instalá-los.
Entre os apps considerados ruins que foram removidos no ano passado, a Google destacou três categorias. Os “copycats” são os apps que se passam por aplicativos famosos, usando nome e design similares aos originais. Em 2017, a Google deletou mais de 250 mil apps que são réplicas de outros genuínos.
Já os apps de conteúdo inapropriado são aqueles que promovem coisas como pornografia, violência, discurso de ódio e atividades ilegais, e, no ano passado, foram removidos dezenas de milhares desses aplicativos. O terceiro grupo de apps impróprios corresponde àqueles potencialmente nocivos, que realizam fraudes via SMS, instalam trojans no smartphone ou praticam phishing.
A companhia faz questão de dizer que leva “extremamente a sério” a questão de filtrar apps inadequados de sua loja de aplicativos, prometendo continuar inovando suas capacidades de melhor detectá-los, protegendo os usuários contra a ação de cibercriminosos. Com o aumento de esforços, é possível que, em 2018, a gigante remova mais de um milhão de aplicativos que violam as diretrizes da Google Play.