Para alguns a tecnologia atrapalha o desenvolvimento das crianças, mas não é assim em todos os casos. Muitas delas podem se expressar, além de ter a comunicação facilitada por meio da tecnologia. Como um aparelho de distração, esses objetos se tornam ferramentas excelentes nas mãos e em ocasiões certas. Isso é o que ocorre no caso de crianças autistas.
Em um evento da Comic Con Experience 2016 foi realizada uma palestra relatando a prática dos jogos digitais e o uso dos aparelhos eletrônicos e como eles ajudam no diálogo com pessoas que tenham TEA (Transtorno do Espectro Autista).
São variados os níveis de TEA (Transtorno do Espectro Autista), e, muitas pessoas se fecham ou exibem movimentos repetitivos até serem diagnosticadas, seja elas com qual nível for de transtorno. É quase certo afirmar que o funcionamento do cérebro dessas pessoas age de forma diferente, algumas delas pode até apresentar características de hiperfoco.
A dificuldade de expressar ou interpretar sinais sociais é outra característica de um autista, tal dificuldade vai desde a linguagem corporal até a figura de linguagem. O problema na comunicação que elas possam vir a ter atrapalha a vida cotidiana por mais simples que seja.
No evento Comic Con Experience, estavam presentes Keith Stuart, editor-chefe de jogos do The Guardian e Marcos Mion, apresentador de TV. Eles são pais de autistas e levaram ao evento um pouco da experiência vivida com os filhos.
O escritor Stuart contou que foi por meio da observação que percebeu que existia uma forma de ajudar o filho a se comunicar melhor e se “soltar”, isso com a ajuda dos jogos digitais.
Segundo o escritor Stuart, brincar e explorar no Minecraft, que é um jogo eletrônico que concede a construção usando blocos do qual o mundo é elaborado, é uma forma de fazer com que as crianças autistas se “soltem”, pois lá os erros não os assustam. O jogo é um ambiente controlado onde a criança pode perder vários medos e receios.
Outro exemplo é a criação do Pokémon Go, que surgiu neste ano de 2016. O jogo é considerado algo de grande importância ao ajudar crianças autistas a saírem de dentro de casa e perderem o medo que existiam nelas associado a situações que elas presenciavam nas ruas.
O jogo vai além de um passa tempo, com ele essas pessoas conseguem distrair os medos. Por meio dos jogos digitais, elas conseguem enxergar que são possíveis de tentar coisas, mesmo que dê errado existe a chance de recomeçar. Além disso, o jogo pode gerar assuntos do qual essas crianças possam dialogar, isso porque o ambiente virtual e fictício é um meio em que ela é incentivada a falar. Um exemplo é o Google Maps, citado por Marcos Mion na Comic Con Experience. Vídeos no Youtube e outras plataformas também são uma boa opção que instiguem a comunicação.
De acordo com o apresentador, os jogos e as plataformas digitais podem ajudar as crianças autistas e isso é algo que deve ser conscientizado.
Fonte: tecmundo
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